Web3- próxima mina de ouro para o marketing

A Web3 é a próxima evolução da internet, trazendo maior viabilidade de interpretação de grande volume de dados, pelas máquinas. Também chamada de Web semântica, o conceito ainda novo, vai permitir uma descentralização da informação, porém mantendo total segurança de acesso.

Trata-se de uma remodelação da rede e modernização da internet, onde os usuários terão autonomia sobre suas atividades online. Uma tecnologia que promete privacidade, limitando a influência das grandes empresas de tecnologia.

O ecossistema da Web3 pode se tornar a próxima mina de ouro para os profissionais de marketing digital. Quase 200 empresas já estão investindo profundamente em formas de utilizar os recursos tecnológicos da Web3 para alavancar experiências no setor. Em julho, a Safary, empresa de análise de marketing da Web3, divulgou um relatório abrangente intitulado “The Web3 Growth Landscape 2023.”

O relatório observa que a década de 2010 foi a “era de ouro do marketing digital”. Com o crescimento da Web2, o número de empresas do setor cresceu de 150 em 2011 para 11.000 em 2023. Entretanto, nos últimos três anos, o cenário do marketing digital mudou para um ambiente mais centrado na privacidade. Portanto, os profissionais de marketing também podem precisar mudar de rumo e adotar a tecnologia da Web3, afirma o relatório.

As descobertas adicionais do relatório revelam que atualmente há quase 200 empresas que já estão “pensando profundamente” sobre o novo cenário de mídia digital e 71 delas já levantaram coletivamente US$600 milhões em financiamento.

As plataformas de mensagens, de buscas e de fidelidade são as categorias mais bem capitalizadas, segundo o relatório, com cada uma delas atraindo mais de US$100 milhões em financiamento. As plataformas de missões, como a Yield Guide Games, criam mercados de engajamento, direcionando os usuários a se engajar em ofertas de incentivo. Isso facilita um relacionamento mais direto entre marca e usuário do que os anúncios.

A Web3 pode atender a diversos objetivos e se tratando do marketing associa consumo e criação de conteúdo, bem como o manuseio das informações descentralizadas. Dessa forma, o controle e tomada de decisão sai das mãos de uma rede centralizada como Instagram, Google e Facebook para uma rede distribuída. Nesse cenário, os dados passam a não ser propriedade de ninguém, o que impacta as mídias sociais tradicionais. Como os usuários podem controlar a maneira como seus dados são usados, prevalece a autonomia de decisão sobre continuar interagindo ou não com uma marca.  

As marcas precisam atentar para as mudanças do mercado e revolução da internet, no que diz respeito a esse processo de descentralização. As grandes corporações já iniciaram seus movimentos, como o Facebook, que de olho no metaverso mudou seu nome para Meta. Sendo a Web3 a próxima geração da internet, os conteúdos devem ser planejados e pensados para dar ao usuário a autonomia que ele precisa. A integração é o principal caminho de interação do conteúdo site com outras interfaces e canais de comunicação.

Para incorporar o Marketing na Web3 é preciso aceitar a transformação do marketing digital como algo positivo e benéfico. Além da vinculação da fonte de dados on-line e off-line, o marketing deve monitorar resultados em todas as etapas de acesso, por meio das métricas de conversão, por exemplo. Diante de um consumidor ávido por informação, aspectos como agilidade e estratégias serão exigidos para acompanhar o ritmo acelerado. O tempo de resposta deve ser rápido ou a concorrência sairá à frente, por se antecipar ao comportamento do usuário.

À medida que a Web3 evolui e cresce, os profissionais de marketing precisarão se adequar aos seus princípios, e parece que centenas de startups já estão em vantagem nesse nicho do mercado. Até porque a Web3 não é apenas uma atualização da internet; é uma revolução que está redefinindo como interagimos com o mundo digital. E se você é um profissional de marketing, um executivo ou simplesmente alguém que não quer ficar para trás, entender e se envolver com a Web3 não é mais uma opção; é uma necessidade.

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